Ao ajudar pessoas a comunicarem melhor, seja através de treino ou de coaching, duas das ideias que mais partilham comigo são: "El@ não entende nada do que lhe digo!" e "Já não sei o que fazer mais!". Também já lhe aconteceu? Neste breve texto, partilho duas estratégias para promover maior eficiência na comunicação. Ao aplicar o que ler aqui, descobrirá novas formas de comunicar que permitirão baixar a resistência nas suas interações. Conseguindo isso, imagine agora como a sua qualidade de vida melhorará... Isso! Venha daí então. Cada pessoa tem a sua forma de filtrar e interpretar a informação que lhe chega, a sua forma única de ver o mundo, o seu mapa. Daí resulta, normalmente, que quando alguém comunica usa as palavras que fazem mais sentido para ela. Estas são recebidas, filtradas e traduzidas pela outra pessoa de acordo com o mapa desta, especificamente, com as palavras que fazem sentido para esta. Assim, quando alguém diz que "espera uma postura profissional da sua equipa", quem recebe esta mensagem traduzirá estas palavras para o seu mapa. O que quer dizer "postura profissional" para a outra pessoa? Para umas pode ser "comportamentos objectivos e pró-activos", para outras "conduta idónea e honesta", para outras "atitude formal e séria", etc. Então o que querem dizer, especificamente, cada uma destas interpretações? Pois... Daí a importância de se falar de forma crystal clear e específica. Mas já lá vamos. Qual daquelas interpretações foi a intenção e significado original de quem comunicou? Talvez uma, talvez todas, talvez nenhuma. Também daqui surgem aquelas situações em que diferentes pessoas estão a falar da mesma situação sem se entenderem, sem verem que ambas falam do mesmo por palavras diferentes. Também com isso é gerada resistência por cada pessoa pois nenhuma sente que é entendida e respeitada. O normal que costumo observar é uma pessoa manifestar a sua opinião, fazer um pedido ou uma pergunta e a outra pessoa contra-argumentar com a sua ideia sobre o assunto, apontar para a excepção no contexto, indicar os problemas do tema, avaliar e julgar a qualidade da opinião da outra, etc. A isto, a primeira pessoa contrapõe com o reforço da sua opinião. Pode fundamentar a mesma, avaliar e julgar a ideia da segunda pessoa, descredibilizar o que ouviu, apontar os aspetos da ideia que vê como negativos ou fazer finca pé e reiterar a sua opinião - a dita da "birra". O que habitualmente gera mais "birra", mais resistência do outro lado. Como fazer então? Como lidar com a resistência da outra pessoa ao que queremos dizer?
Lembre-se: faça o que está descrito acima de forma alinhada e congruente. O ser humano é mestre a detetar congruência (e a falta dela) na comunicação da outra pessoa. Infelizmente, parece que somos menos aptos a auto observar a nossa comunicação e a nossa congruência. Acredito que pela falta de prática. Mas isso é matéria de outra história. Talvez de outro artigo. É natural que ao início estas alterações na comunicação lhe pareçam estranhas, difíceis ou talvez não obtenha imediatamente o resultado que esperava. Faz parte do processo e da aprendizagem. Às vezes porque algum pormenor importante para uma comunicação eficiente estava desalinhado ou nem sequer estava a acontecer. Sobre isso e muito mais, qualquer pergunta sobre uma situação específica em que está a ter alguma dificuldade a comunicar com alguém, pergunte. Sem compromisso.
2 Comments
Pode já ter ouvido várias expressões sobre este tema, umas mais possibilitadoras do que outras. Desde "cada cabeça sua sentença" até "o mapa não é o território". Parece ser seguro observar que cada pessoa tem a sua imagem interna, a sua perceção única acerca do mundo. Sendo certo que as perceções se podem aproximar e que podem existir pontos em comum, é habitual que surjam diferenças quando se começa a especificar o entendimento que alguém tem sobre algo em concreto. Quer se fale de um briefing, de um plano, de um objetivo, de uma análise de resultados, cada pessoa terá a sua perceção sobre o que viu, ouviu, experienciou. Sendo também certo que, depois de se clarificar, existem bastantes momento de: "Então mas isso é o que estava a dizer!". :) As diferenças nas perceções podem derivar de muitos fatores. No essencial, tem que ver com a forma como o processamento neuronal inconsciente filtra e codifica a informação que chega à pessoa através dos seus sentidos. Nesse processo, entram em ação uma série de filtros como, por exemplo, o que a pessoa valoriza, a educação que teve, a cultura em que cresceu, as experiências passadas ou a intenção que tem. Acredito, pois, que a forma como se vê, como se percepciona é mais importante do que o que é. Pois é a forma como se perceciona que cria a imagem interna que fazemos do que é. O que impacta o nosso estado interno em relação ao que é; e, condiciona ou possibilita o leque de comportamentos disponíveis para lidar... bem, com o que é. Se queremos passar uma mensagem a alguém, o mais interessante e eficaz será mesmo, primeiro, perceber como a outra pessoa está a... perceber! E depois fazer as ligações com o que percebemos, veiculando a mensagem da forma que faz sentido para a outra pessoa. De forma que "encaixe" na perceção que a pessoa tem. Se contasse o tempo perdido por mim no passado, e pelas pessoas que ajudo, a tentarmos que o outro nos perceba sem que nós o percebamos... seguramente, já seria centenário! Lembre-se. Não se trata do que é, mas sim de como se vê. Votos de perceções possibilitadoras! Para mais informações, contacte através do formulário. Grato. Ao iniciar um novo ano, um novo mês, uma nova tarefa, pode acontecer que sinta ou pense que não tem o que é preciso... ou que não vale a pena porque não controla o processo para chegar ao fim com sucesso…
Qual será a condicionante chave para que a qualidade do seu trabalho seja a melhor? Existe alguma? Acredito que para atingir um resultado desejado existem diversos caminhos possíveis. E para fazê-lo de forma feliz, também! Com preparação, conhecimento, foco e treino pode concretizar o que deseja. Imagine como seria fazer um caminho adequado ao objetivo, em que se sente bem, faz o seu trabalho de forma mais feliz e assim alcança o seu sucesso! Há, de facto, uma correlação entre felicidade e produtividade. A ciência mostra que o aumento da felicidade traz melhorias na produtividade do trabalho; e, que as empresas que são classificadas pelos seus colaboradores como "ótimos locais para se trabalhar" atingem grandes resultados também no mercado de ações. Por exemplo, num estudo que durou um período de 12 anos (1998-2010) as "100 Melhores Empresas para Trabalhar" nos EUA (com base no feedback positivo das pessoas a trabalharem lá), chegou-se à conclusão que estas conseguiram um retorno médio anual de 10%. Superaram o desempenho do índice de referência S&P 500, que retornou uma média de apenas 3,8% no mesmo período.[1] Num estudo recente, um grupo de pessoas foi alvo de uma intervenção ligada à felicidade. De seguida, as pessoas do grupo intervencionado tiveram um aumento de 12% na produtividade ao desempenharem uma tarefa paga, enquanto que nas pessoas do grupo de controlo (não intervencionado) não se verificou este aumento.[2] Então como desenvolver a felicidade? Há diversas formas de desenvolver ações deste estilo no dia-a-dia, de forma informal, aumentando os resultados desejados nas organizações, nas suas equipas e em cada colaborador. Segundo Daniel Pink, existem três factores chave[3] para um trabalho com satisfação: • Mestria - fazer tarefas que são desafiantes mas que se domina, conseguindo-as gerir e fazer com sucesso; • Controlo - discernir e sentir que tem em grande parte controlo sobre o trabalho que faz e sobre o resultado que deseja alcançar; • Propósito - sensação de que aquilo que faz vale a pena, faz parte de e contribui para algo maior do que si próprio/a. Curiosamente... todos os factores estão relacionados com a consciência de cada um sobre a responsabilidade individual e o seu poder pessoal. Coincidência? Não me parece…. Também por isso acredito plenamente nos processos de desenvolvimento pessoal e profissional, seja por treino ou por coaching, para alcançar maiores níveis de satisfação, bem estar e produtividade! Quer saber como faria isso na sua organização? Entre em contato aqui. Grato. Ótimo dia! Excelente trabalho! João Ricardo Pombeiro Referências [1] Russell Investment Group for Fortune Magazine (2011), How does trust affect the bottom line? [2] Oswald, A.J., Proto, E., Sgroi, D (2009), Happiness and Productivity, Institute for the Study of Labor (IZA) [3] Pink, D. (2009), Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us. Riverhead. * baseado no seguinte artigo |
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Maio 2016
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