GREENLIGHT JOÃO POMBEIRO
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Como lidar com a resistência de alguém ao comunicar?

5/5/2016

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​Ao ajudar pessoas a comunicarem melhor, seja através de treino ou de coaching, duas das ideias que mais partilham comigo são: "El@ não entende nada do que lhe digo!" e "Já não sei o que fazer mais!". Também já lhe aconteceu? Neste breve texto, partilho duas estratégias para promover maior eficiência na comunicação. Ao aplicar o que ler aqui, descobrirá novas formas de comunicar que permitirão baixar a resistência nas suas interações. Conseguindo isso, imagine agora como a sua qualidade de vida melhorará... 
Isso! Venha daí então.

Cada pessoa tem a sua forma de filtrar e interpretar a informação que lhe chega, a sua forma única de ver o mundo, o seu mapa. Daí resulta, normalmente, que quando alguém comunica usa as palavras que fazem mais sentido para ela. Estas são recebidas, filtradas e traduzidas pela outra pessoa de acordo com o mapa desta, especificamente, com as palavras que fazem sentido para esta.

Assim, quando alguém diz que "espera uma postura profissional da sua equipa", quem recebe esta mensagem traduzirá estas palavras para o seu mapa. O que quer dizer "postura profissional" para a outra pessoa? Para umas pode ser "comportamentos objectivos e pró-activos", para outras "conduta idónea e honesta", para outras "atitude formal e séria", etc. Então o que querem dizer, especificamente, cada uma destas interpretações?  Pois... Daí a importância de se falar de forma crystal clear e específica. Mas já lá vamos.

Qual daquelas interpretações foi a intenção e significado original de quem comunicou? Talvez uma, talvez todas, talvez nenhuma. Também daqui surgem aquelas situações em que diferentes pessoas estão a falar da mesma situação sem se entenderem, sem verem que ambas falam do mesmo por palavras diferentes. Também com isso é gerada resistência por cada pessoa pois nenhuma sente que é entendida e respeitada. 

O normal que costumo observar é uma pessoa manifestar a sua opinião, fazer um pedido ou uma pergunta e a outra pessoa contra-argumentar com a sua ideia sobre o assunto, apontar para a excepção no contexto, indicar os problemas do tema, avaliar e julgar a qualidade da opinião da outra, etc. A isto, a primeira pessoa contrapõe com o reforço da sua opinião. Pode fundamentar a mesma, avaliar e julgar a ideia da segunda pessoa, descredibilizar o que ouviu, apontar os aspetos da ideia que vê como negativos ou fazer finca pé e reiterar a sua opinião - a dita da "birra". O que habitualmente gera mais "birra", mais resistência do outro lado.

Como fazer então? Como lidar com a resistência da outra pessoa ao que queremos dizer? 

  1. Aceite e Reconheça o que a outra pessoa diz usando as palavras que ela usou. Alguns exemplos são: "percebo que vês x/y/z como importantes para este assunto"; "vejo que isso é importante para ti"; "parece-me que estás a ver A como importante para esta conversa/reunião/...". Aceitar e reconhecer não é só isto e passa muito por isto. Existem especificidades que requerem outras ações e atenção. Se tem alguma situação específica, disponho-me a ajudar. Sem compromisso de algo mais. Partilhe a sua situação comigo e falamos sobre isso.
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  2. Substitua o "mas" pelo "e" na sua comunicação, depois de Aceitar e Reconhecer o ponto de vista da outra pessoa. Quer seja para clarificar algo que disse, para perguntar o que a pessoa quer dizer, para passar uma instrução do que é para ela fazer; em vez "(o que o outro disse) MAS ...." diga "(o que o outro disse) E ....". Verá que fará uma enorme diferença! Quer exemplos clássicos? "A tua ideia é válida mas teria custos grandes.", "O teu resultado este mês foi bom mas vou escolher a Raquel para Team Member do mês.". E agora: "A tua ideia é válida e imagino que teria custos grandes.", "O teu resultado este mês foi bom e vou escolher a Raquel para Team Member do mês.". Qual das duas formas estabelece maior ligação, gera menor resistência? Acredito que consegue reconhecer o impacto diferente que tem na prática! Por isso, já sabe...

Lembre-se: faça o que está descrito acima de forma alinhada e congruente. O ser humano é mestre a detetar congruência (e a falta dela) na comunicação da outra pessoa. Infelizmente, parece que somos menos aptos a auto observar a nossa comunicação e a nossa congruência. Acredito que pela falta de prática. Mas isso é matéria de outra história. Talvez de outro artigo.

É natural que ao início estas alterações na comunicação lhe pareçam estranhas, difíceis ou talvez não obtenha imediatamente o resultado que esperava. Faz parte do processo e da aprendizagem. Às vezes porque algum pormenor importante para uma comunicação eficiente estava desalinhado ou nem sequer estava a acontecer. Sobre isso e muito mais, qualquer pergunta sobre uma situação específica em que está a ter alguma dificuldade a comunicar com alguém, pergunte. Sem compromisso. ​
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"Ah, mas tu disseste!" - Como lidar com mudanças de ideias?

29/4/2016

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​​Imagino que também já lhe aconteceu passar por situações em que a outra pessoa mudou de ideias. Às vezes sobre o que pensava acerca de um assunto, outras vezes sobre o que fazer a seguir, outras ainda sobre o que quer para ela. Algumas vezes lidou bem com isso. Outras nem tanto assim. Imagino igualmente como pode ser interessante lidar de melhor forma com esses momentos! Talvez se queira sentir melhor, talvez queira ter outros resultados, talvez queira ter mais escolhas disponíveis nesses momentos! Então, como lidar com essas mudanças?

Seja em casa ou no trabalho, seja com um amigo ou com um cliente, é normal observar reacções de estranheza, descontentamento, desilusão com a mudança de ideias. Estas reacções são produzidas, parcialmente pelo menos, a partir das expectativas geradas pela própria pessoa. Estas expectativas podem ser sobre um resultado que quer, sobre como se quer sentir, sobre esperar que algo aconteça da forma que gostaria. Alguns exemplos podem ser: uma vendedora a quem um cliente disse que ia comprar; um filho que ouviu o pai dizer que chegava a casa às 18h; uma colega de trabalho que disse que ia ajudar outro colega; um líder que disse querer ser promovido.

Imagine que aquilo que é dito pela pessoa não acontece. Imagine que ela muda de ideias. E agora?

Estas expectativas nascem, aparentemente, de uma expectativa maior. Subtilmente pressuposta, está presente na vida diária tal como a observo. A expectativa de que a vida se vai desenrolar de acordo com a ideia que criei. Independentemente do que o outro disse. Ora, quando acrescentamos a variável "o outro disse x", habitualmente, é gerada a expectativa de a outra pessoa cumprir com o que disse. Ao me agarrar a essa ideia, fico de certa forma seguro, com um certo nível de certeza sobre o que poderá acontecer. A outra pessoa fará a ação que disse, manterá a mesma opinião sobre o assunto, continuará com o mesmo desejo. Com isso, procuro coerência e consistência. 

Acredito que estas duas ideias estão sobrevalorizadas. É claro que é importante manter-se um mínimo de coerência e consistência. Afinal, é também isso que permite nos mantermos e evoluirmos como ser humano e como sociedade. Acontece que observo inúmeras situações de conflitos, de sofrimento, de luta e desgaste interno, na busca intensa de manter coerência e consistência. Sem que, em proporção, se obtenham mais valias que equilibrem "a balança custo-benefício".

"Se disse que ia comprar tenho que comprar; senão o que vão pensar de mim?" "Se disse que ia chegar às 18h, então tenho mesmo que chegar às 18h; senão lá vou desiludir o meu filho outra vez e [pressuposto] isso faz de mim um mau pai." "Se disse que ia ajudar o colega, então tenho que ajudar independentemente do que aconteça; senão vão dizer que sou uma má colega que não cumpre o que diz." "Se disse que queria ser promovido, então tenho que mostrar trabalho e aceitar a promoção; senão ainda pensam que sou um tontinho que tanto quer uma coisa como, logo a seguir, deixa de a querer!"

Para mim, igualmente interessante de observar são as consequências naturais deste esforço intenso e desgaste imenso em manter a palavra, em querer ser coerente e consistente. À custa do quê? Pelo que vejo, no meu dia-a-dia e na minha atividade, à custa do próprio bem estar; de saúde emocional; de tranquilidade psicológica; de foco; de equilíbrio profissional-familiar; de performance e produtividade; e, por vezes, também de saúde física.

O que fazer? Bem, proponho valorizar mais a congruência pessoal. Prestando mais atenção a como estou agora, ao que penso agora, ao que quero agora. Tal, acredito, pressupõe um maior auto-conhecimento, um domínio da capacidade de auto observação, mais momentos de atenção plena, momentos de reflexão pessoal e decisão do que fazer a seguir com o que se observou e aprendeu. Ao fazer isso comigo e me permitir mudar de ideias, congruentemente, abro a porta para melhor aceitar e lidar com a mudança de ideias do outro. 

A proposta aqui passa por me focar no que posso realmente controlar: as formas como vejo o mundo e como atuo. Em vez de me desgastar com o que não controlo: o outro - as decisões e ações que ele tem. Pois por muito que as consiga condicionar, nunca as controlarei a 100%; logo, não tenho nenhuma garantia de conseguir que o outro mantenha a ideia/decisão inicial. Mesmo que conseguisse que a outra pessoa mantivesse a ideia inicial, será que quereria mesmo forçar isso, desgastar-me, desgastar a relação, perder influência e arriscar-me a ficar com alguém que faz algo de forma contrariada?... Existem outras formas.

Claro que fazer isto pressupõe ter uma forte intenção de lidar melhor com os momentos em que a outra pessoa muda de ideias! Com esta intenção, vem um aceitar e respeitar a mudança de ideias da pessoa. Mesmo que discorde da mesma. 

Por onde começar? Começando por aceitar e respeitar as próprias mudanças de ideias. Experimente primeiro com pequenas coisas: mudar o pedido num café; depois num restaurante; na compra de um jornal/revista; a seguir experimente com o partilhar de opinião sobre um desporto ou uma música; depois sobre um assunto económico; experimente também com a sua história, por exemplo, ao partilhar a maior aprendizagem que já fez (depois mude para outra aprendizagem). 

Como fazer? Ao dizer a alguém algo em que acredita, algo que quer comprar, etc, a seguir... mude de ideias! Note: mude para algo em que também acredite, para algo que também quer! Exemplo: vai comprar uma revista. Na papelaria pede a revista noticiosa X. Mesmo antes de a receber, diz que mudou de ideias e agora quer a revista noticiosa Y. Ou, diz a um amigo que quer jantar ou encontrar-se com ele. Mais tarde, diga-lhe que já não quer ou que afinal vai ficar em casa. Observe o que acontece consigo e com a outra pessoa. 

O que pode aprender daí? Note que acontecerá algo que será comum com o que acontece quando é outra pessoa a mudar de ideias, numa situação em que também está envolvid@. Veja o que pode ser útil para situações futuras. Experimente aplicar o que aprendeu. Pratique, pratique, pratique. A pouco e pouco ganhará formas mais eficazes de lidar com as mudanças de ideias!

Este texto contém princípios de PNL, Coaching, Mindfulness, Oneness. Por exemplo, o que diz que o problema não é o problema. O problema é a forma como abordo e me relaciono com o contexto onde penso que está o problema. Nesse sentido, o problema não é a mudança de ideias pela outra pessoa.

Contate-me em coach @ joaopombeiro . eu

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Como lidar com o seu problema?

14/4/2016

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Longe de lhe vir aqui dar conselhos, partilharei algo que ajudará a lidar melhor com qualquer situação em que se encontre ou venha a encontrar. Nas linhas que se seguem, partilharei formas habituais de se lidar com problemas e uma estrutura que lhe permitirá lidar melhor com os problemas que queira ultrapassar. Ao lidar de forma mais saudável, positiva e eficiente com os problemas que surgem na vida, no trabalho, no seio da família, como seria o seu dia-a-dia?

Poderá já ter reparado que problemas é algo que não falta no quotidiano do ser humano. Seja estar atrasado para um compromisso, estar sem ideias para ter mais clientes ou ver-se no meio de uma acesa discussão que não está a levar a lado nenhum, acredito que a larga maioria dos problemas têm origem num ponto comum. Adiante falarei sobre ele.

Pelo que observo diariamente, pelas pessoas e organizações que tenho oportunidade de ajudar, é normal ver-se o problema como algo a corrigir, algo a eliminar, algo que não devia estar ali ou acontecer assim como está a acontecer. Esta perspetiva liga-se também com as expetativas que tenham sido criadas para a situação (e pós-situação) em que o problema surgiu.

Por exemplo, chegar a horas a um compromisso transmite uma imagem que a pessoa deseja que os outros fiquem dela e chegar atrasado pode transmitir o oposto. Como a pessoa acredita que essa imagem tem repercussões futuras em si e no que deseja, por parte dos outros, ela vê o "estar atrasada" como um problema. O que é mais normal ver numa pessoa que se atrasa? Que continua centrada, relaxada, aceitando a situação, focada no que pode fazer, assumindo a sua quota parte de responsabilidade? Ou que fica descentrada, acelerada, lutando contra o que aconteceu, dispersa com o exterior e justificando-se com o que não controla?

A forma como se relaciona com o problema, a forma como lida com a situação em que vê o problema é mais importante que o dito problema em si ou que a razão do mesmo. Essa forma transmitirá mais sobre a pessoa do que o "estar atrasada". Este resultado (estar atrasada) pode dever-se a muitos factores. A maior parte destes, vou arriscar, a pessoa pode influenciar. Pode sair mais cedo para o compromisso, ir por outro caminho, usar outro transporte, avisar que chegará uns minutos depois, adiar o compromisso - se tal for possível, etc.

Agora imagine que a pessoa não está a conseguir arranjar mais clientes. Adianta queixar-se, desanimar, desesperar, auto-flagelar ou culpar factores externos como a crise, a concorrência, o governo, alguma entidade cósmica? Ou será mais interessante aceitar e olhar para o que está a acontecer, perceber com curiosidade de bebé o processo que gerou o resultado, descobrir com confiança como gerar o resultado desejado?

Acho muito interessante quando observo pessoas que estão entre estes dois mundos, estas formas de lidar com o que acontece. Vejo isso por exemplo com os "... mas é complicado ..."; "... só que não é fácil ..."; ou quando a pessoa defende e valoriza a segunda abordagem e, logo depois, argumentar com ideias e justificações que mostram a primeira abordagem em ação dentro dela.

Já identificou o "ponto comum"? Pois. O problema não é o problema. O problema é a forma como a pessoa se sente e aborda o contexto em que pensa que está o problema. Se se sentisse de forma diferente, se visse o contexto de forma diferente, se abordasse o contexto de forma diferente, muito provavelmente, mais rapidamente o problema será ultrapassado.

Aqui fica uma estrutura que lhe pode ser útil:

* Aceite que já aconteceu o que aconteceu. Sim. Antes de querer mudar algo e de partir para a ação, permita-se um tempo para aceitar. Em vez de julgar os outros, ou de se auto julgar, em vez de censurar o que correu mal, aceite. Será neste tempo que ganhará um espaço que lhe permitirá dispor de mais opções, de outras perspetivas, de escolhas diferentes. Aceite primeiro (realmente aceite.) e entre em ação depois. Consoante a situação, e indivíduo, este tempo será diferente. Umas vezes alguns dias, outras algumas horas, noutras apenas alguns segundos!

* Olhe para a situação, para o resultado, para o processo, com a mente limpa como um bebé. Como se soubesse... nada! sobre o que aconteceu, sobre o que está a ver. Observar e abordar uma situação como se fosse a primeira vez irá trazer-lhe grandes ganhos. Acredite. Verá o que ainda não viu, pensará no que ainda não tinha pensado, criará o que não tinha criado ainda. Terá mais perspetivas, mais escolhas e, logo, mais opções para agir! Depois é escolher a que mais lhe fizer sentido, a que lhe parecer mais adequada.

* Entre em ação com confiança e sem esforço. Em vez de lutar contra a realidade e, também, internamente faça o que tem a fazer sem se esforçar. Evite o desgaste interno. Faça o que quer fazer sem que se esgote pelo caminho. Bem sei que poderá ter crescido, como eu, com programações de "o trabalho custa", "para merecer há que provar", "bons profissionais esforçam-se", etc, etc. Existem outras formas. Sem esforço parece mesmo ser a mais eficiente e saudável. Faça com confiança. Com confiança nos outros. No processo. Que dará frutos. Que terá os seus resultados. (Nota curiosa: enquanto escrevia este texto recebi uma proposta de colaboração de uma empresa de Madrid. Sem ter buscado e me esforçado e desgastado para que isso acontecesse. Não é interessante? ;) ) Confie também que vai acontecer o que vai acontecer e isso será o mais interessante e útil para si. Para obter os resultados que deseja ou para aprender o que necessita aprender para chegar onde quer, estar como quer, viver como quer.

Excelente trabalho!
Excelente final de semana!

Para saber mais ou perguntar sobre a aplicação, contate:
 [email protected]
 

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Perceção é tudo

7/3/2016

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​Pode já ter ouvido várias expressões sobre este tema, umas mais possibilitadoras do que outras. Desde "cada cabeça sua sentença" até "o mapa não é o território".

Parece ser seguro observar que cada pessoa tem a sua imagem interna, a sua perceção única acerca do mundo. Sendo certo que as perceções se podem aproximar e que podem existir pontos em comum, é habitual que surjam diferenças quando se começa a especificar o entendimento que alguém tem sobre algo em concreto. Quer se fale de um briefing, de um plano, de um objetivo, de uma análise de resultados, cada pessoa terá a sua perceção sobre o que viu, ouviu, experienciou. Sendo também certo que, depois de se clarificar, existem bastantes momento de: "Então mas isso é o que estava a dizer!". :)

As diferenças nas perceções podem derivar de muitos fatores. No essencial, tem que ver com a forma como o processamento neuronal inconsciente filtra e codifica a informação que chega à pessoa através dos seus sentidos. Nesse processo, entram em ação uma série de filtros como, por exemplo, o que a pessoa valoriza, a educação que teve, a cultura em que cresceu, as experiências passadas ou a intenção que tem.

Acredito, pois, que a forma como se vê, como se percepciona é mais importante do que o que é. Pois é a forma como se perceciona que cria a imagem interna que fazemos do que é. O que impacta o nosso estado interno em relação ao que é; e, condiciona ou possibilita o leque de comportamentos disponíveis para lidar... bem, com o que é.

Se queremos passar uma mensagem a alguém, o mais interessante e eficaz será mesmo, primeiro, perceber como a outra pessoa está a... perceber! E depois fazer as ligações com o que percebemos, veiculando a mensagem da forma que faz sentido para a outra pessoa. De forma que "encaixe" na perceção que a pessoa tem.

Se contasse o tempo perdido por mim no passado, e pelas pessoas que ajudo, a tentarmos que o outro nos perceba sem que nós o percebamos... seguramente, já seria centenário!

Lembre-se. Não se trata do que é, mas sim de como se vê.

Votos de perceções possibilitadoras!

Para mais informações, contacte através do formulário. Grato.
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Como Desenvolver Talento? (3 de 3)

7/1/2016

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No artigo anterior sobre este tema, abordámos a importância do treino deliberado. Particularmente, como é importante treinar perto do limite das nossas capacidades, olhando com atenção à forma como se está a treinar e ao resultado, feedback, que se está a obter do treino. É nesse seguimento que apresentamos a terceira regra para desenvolver talento: Aprender a sentir.
Aprender a sentir?, perguntam algumas pessoas, Isso é algo que se aprende?, Dá para ajudar outras pessoas a aprender isso?, Como é que isso me ajuda a perceber como desenvolver talento?, Isso ajuda a melhorar os meus resultados?

A resposta será sim a todas essas perguntas. Por onde começar? Por afinar os sentidos. Por afinar a observação e a concentração de forma a detetar desvios e "erros" no que se faz ao treinar. Trata-se de obter uma perspectiva equilibrada e percepcionar erros que surjam (para evitar que reapareçam). Treinar a acuidade sensorial, ou seja, a capacidade de observar o que está a acontecer com o mínimo de juízo de valor possível, de forma descritiva. Claro que o nosso conselho nº 1 é que desenvolva esta capacidade, em primeiro lugar, em si mesm@.

O que fazer para desenvolver a acuidade? Talvez a prestar maior atenção aos outros, no caso, a quem ajuda a desenvolver talento; se por si, à forma como treina, à forma como se posiciona ou comporta enquanto pratica. Comece por si. Prestando maior atenção à forma como usa a sua voz ao comunicar; às palavras que diz; à sua postura, gestos e expressões faciais; à forma como se movimenta a fazer determinada acção; às sensações que tem enquanto está a treinar ou interagir. Pode socorrer-se de diversas ferramentas para isso, desde o feedback de um@ colega até ao exercício de Posições Percetuais que se aprende em Programação Neuro linguística.

Ao questionar sobre as sensações mais observadas durante os períodos de treino mais produtivos, Daniel Coyle identificou algumas comuns entre diversos participantes em "viveiros de talento", centro de treino de alta performance em várias áreas. Uma dessas é a sensação de progresso gradual. Esta é partilhada também por alpinistas quando se referem à definição de um patamar onde querem chegar, ao avanço e alcance de uma meta e à avaliação do próximo patamar a alcançar na montanha.

Sistematizando: 
1. Defina uma meta para o treino;
2. Alcance o máximo desempenho no momento;
3. Observe o intervalo entre a meta e o resultado que alcançou; e, observe como o alcançou;
4. Volte a 1 e repita o processo.


Se imaginar que é atleta olímpico como lançador do martelo.... no treino, definiu lançar a x metros; lançou a x-2; observa o que aconteceu, como se moveu, com que posturas, com que força, onde pôs os pés e de que forma, em que estava a pensar antes e durante o lançamento, como se estava a sentir,.... volta a definir uma meta e repete o processo. Simples, certo? Difícil? Talvez sim, talvez nem tanto. Agora, conhece quem na sua equipa aplique esta estrutura na prática, no dia-a-dia? :)

Também já terá visto por esta altura que isto depende de quem treina e de quem orienta o treino... Importante, acredito, é a pessoa focar no que depende dela própria! Acontece que muitas pessoas começam por procurar soluções externas para aumentarem o seu desempenho, para desenvolverem talento. Mas, as que depois realmente se destacam como "talentos", afirma Owen Carman, director de um "viveiro de talento": nalgum momento "viram-se para dentro", acontece um processo de autodescoberta, "percebem o que funciona e o que não funciona".
Acredito que também pode ser assim consigo! Também consigo, e com a sua equipa, um processo de treino deliberado com estímulos diferentes e ferramentas comprovadas ajudará a desenvolver talento e a expandir os seus resultados! Se quer descobrir mais como o fazer… pergunte-me.

João Ricardo Pombeiro

* O Código do Talento; Daniel Coyle; Livros d’Hoje, Publicações Dom Quixote (Grupo Leya); 2009

Publicado previamente no site da LIFE Training, aqui.
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